Advogada é achada morta na Chapada dos Guimarães após denunciar assédio
O
corpo da advogada Ariadne Wojcik, 25 anos, foi achado na quarta-feira
(9) em um posto turístico da Chapada dos Guimarães, próximo a Cuiabá.
Ela desapareceu depois de fazer um texto no Facebook acusando um
professor de assédio durante um estágio.
Um inquérito da Polícia Civil investiga a morte, que a princípio é
tratada como suicídio. Formanda pela Universidade de Brasília (UnB), ela
foi nomeada na terça-feira (8) para uma vaga no Tribunal de Justiça de
Mato Grosso (TJMT) e tomaria posse ontem.
O texto foi publicado horas antes do corpo ser achado e assustou
familiares e amigos. Na postagem, ela afirma que sofreu abuso por parte
de um professor da UnB, que também é procurador do Distrito Federal.
“Pensei em um 100 números de ‘saídas’, mas fica difícil quando se é
vítima de uma mente brilhantemente psicopática e narcisista
determinada”, diz, no final, depois de relatar um cenário de
perseguição. Ariadne diz que era vigiada e que se mudou para Cuiabá para
tentar fugir do professor, mas que mesmo longe estaria sob observação.
No fim do texto, ela conta que não aguentava mais o que estava passando e
diz que "desistiu tudo", pedindo perdão à família e amigos. “Que na
próxima reencarnação eu possa fazer uso de todo o aprendizado que isso
me trouxe, mesmo com tanta dor e sofrimento.” Horas depois, ela foi
achada sem vida próxima a um mirante - a suspeita é que ela pulou. Uma
bolsa com os documentos da jovem foi achada próxima.
Leia o relato completo:
Depressão
A polícia investiga se a advogada sofria de depressão, além de apurar
também se o suposto assédio contribuiu para sua morte. Na bolsa achada
perto do corpo da advogada, a polícia encontrou um cartão com telefone
de um psiquiatra, que afirmou que a jovem passava por uma quadro
depressivo. Uma carta, com informações similares à da postagem no
Facebook, também foi achada.
O delegado Diego Martimiano, que investiga o caso, afirmou que o
psiquiatra da jovem disse que ela "tinha um quadro de depressão
profunda" e que ele receitou medicamentos de uso controlado, mas Ariadne
recusou porque não queria tomar remédios.
A jovem, que havia se mudado de Brasília para Cuiabá há 15 dias, morava
na casa de um tio. Ela chamou um táxi e pediu para ir até o mirante, que
é um ponto turístico da Chapada dos Guimarães. Familiares e amigos não
tiveram mais contato com ela e, assustados com a mensagem no Facebook,
deram início às buscas. O corpo foi achado à noite.
O professor citado pela jovem, Rafael Silva, disse ao site Metrópoles
que o relacionamento dos dois sempre foi profissional e negou o assédio.
Ariadne estagiou em um escritório de advocacia do docente. "A demissão
dela foi tranquila, sem problemas. Em agosto deste ano, ela começou a me
mandar e-mails dizendo que eu tinha grampeado o celular dela, colocado
câmeras na casa e a estava perseguindo”, diz.
Segundo ele, amigos pediram que ele não registrasse o caso porque
Ariadne tinha problemas psiquiátricos. “Fiquei muito triste quando ela
mandou esses e-mails. Comuniquei a quem senti que devia comunicar. De
fato, não prestei queixa porque ela havia acabado de se formar e era uma
pessoa de quem eu gostava muito. Não queria que isso prejudicasse ela
na atividade profissional”, afirma.
O corpo da advogada Ariadne Wojcik, 25 anos, foi achado na quarta-feira (9) em um posto turístico da Chapada dos Guimarães, próximo a Cuiabá. Ela desapareceu depois de fazer um texto no Facebook acusando um professor de assédio durante um estágio.
Um inquérito da Polícia Civil investiga a morte, que a princípio é tratada como suicídio. Formanda pela Universidade de Brasília (UnB), ela foi nomeada na terça-feira (8) para uma vaga no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e tomaria posse ontem.
O texto foi publicado horas antes do corpo ser achado e assustou
familiares e amigos. Na postagem, ela afirma que sofreu abuso por parte
de um professor da UnB, que também é procurador do Distrito Federal.
“Pensei em um 100 números de ‘saídas’, mas fica difícil quando se é
vítima de uma mente brilhantemente psicopática e narcisista
determinada”, diz, no final, depois de relatar um cenário de
perseguição. Ariadne diz que era vigiada e que se mudou para Cuiabá para
tentar fugir do professor, mas que mesmo longe estaria sob observação.
No fim do texto, ela conta que não aguentava mais o que estava passando e
diz que "desistiu tudo", pedindo perdão à família e amigos. “Que na
próxima reencarnação eu possa fazer uso de todo o aprendizado que isso
me trouxe, mesmo com tanta dor e sofrimento.” Horas depois, ela foi
achada sem vida próxima a um mirante - a suspeita é que ela pulou. Uma
bolsa com os documentos da jovem foi achada próxima.
Leia o relato completo:
Depressão
A polícia investiga se a advogada sofria de depressão, além de apurar
também se o suposto assédio contribuiu para sua morte. Na bolsa achada
perto do corpo da advogada, a polícia encontrou um cartão com telefone
de um psiquiatra, que afirmou que a jovem passava por uma quadro
depressivo. Uma carta, com informações similares à da postagem no
Facebook, também foi achada.
O delegado Diego Martimiano, que investiga o caso, afirmou que o
psiquiatra da jovem disse que ela "tinha um quadro de depressão
profunda" e que ele receitou medicamentos de uso controlado, mas Ariadne
recusou porque não queria tomar remédios.
A jovem, que havia se mudado de Brasília para Cuiabá há 15 dias, morava
na casa de um tio. Ela chamou um táxi e pediu para ir até o mirante, que
é um ponto turístico da Chapada dos Guimarães. Familiares e amigos não
tiveram mais contato com ela e, assustados com a mensagem no Facebook,
deram início às buscas. O corpo foi achado à noite.
O professor citado pela jovem, Rafael Silva, disse ao site Metrópoles
que o relacionamento dos dois sempre foi profissional e negou o assédio.
Ariadne estagiou em um escritório de advocacia do docente. "A demissão
dela foi tranquila, sem problemas. Em agosto deste ano, ela começou a me
mandar e-mails dizendo que eu tinha grampeado o celular dela, colocado
câmeras na casa e a estava perseguindo”, diz.
Segundo ele, amigos pediram que ele não registrasse o caso porque
Ariadne tinha problemas psiquiátricos. “Fiquei muito triste quando ela
mandou esses e-mails. Comuniquei a quem senti que devia comunicar. De
fato, não prestei queixa porque ela havia acabado de se formar e era uma
pessoa de quem eu gostava muito. Não queria que isso prejudicasse ela
na atividade profissional”, afirma.