quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Excesso de regras engessa debate entre candidatos ao governo
O último debate entre os candidatos ao governo estadual, realizado nesta terça-feira, 30, à noite pela TV Bahia, repetiu os embates anteriores: o candidato que, segundo o Ibope, lidera as pesquisas de intenção de voto Paulo Souto (DEM), foi o principal alvo de ataques.
O ex-governador até arriscou uma linguagem mais jovial para descrever o cenário: "Tão querendo me bater de galera, de turma. Mas tudo bem, estou acostumado com isso".
Embora engessado pelas regras, o debate foi também marcado por momentos tensos, notadamente quando houve pedidos de direito de resposta. Termos como "leviano", "testa de ferro" e "candidato da casa" foram usados.
O candidato Rogério da Luz (PRTB) acusou Souto de não querer pagar a URV aos funcionários públicos, ao que o candidato do DEM respondeu: "Sua irreverência é suportável, mas de maneira nenhuma a leviandade". Souto afirmou que já tinha se comprometido a pagar este benefício aos servidores.
Ao ser chamado de leviano, Da Luz pediu o direito de resposta, que foi negado pelo jornalista Willian Waack, mediado do debate.
Na rodada de questões seguinte, quando debatiam Lídice da Mata (PSB) e Marcos Mendes (PSOL) sobre gastos públicos, o psolista disse que Souto não assinou documento no qual se comprometeria com pagamento por determinação de ACM Neto, prefeito de Salvador e principal cabo eleitoral do demista, a quem chamou de "testa de ferro"
Neste caso, Waack concedeu o direito de resposta a Souto, o que causou protesto de Da Luz. "Chamar de testa de ferro merece direito de resposta, mas leviano, não? (Isto porque) a casa (a emissora na qual ocorreu o debate) é do ACM, o Neto", ironizou Da Luz.
Estratégias
Enquanto Souto e Rui Costa, candidato do PT, tentavam mostrar quem fez mais ou menos em áreas como segurança, saúde, educação, Lídice disse que os candidatos que lideram as pesquisas (segundo o Ibope e o Babesp) repetiam estratégias utilizadas no horário eleitoral gratuito.
Segundo a socialista, Rui e Souto só fizeram atacar-se mutuamente, enquanto deixavam de lado a apresentação de propostas para o estado. Mas Lídice, por sua vez, atacava aos dois.
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